Quando o presidente Barack Obama foi empossado o mundo assistiu o espetáculo de um Estados Unidos emocionado, e esta emoção derramando-se por outras partes do mundo.
O então Barack Obama, desde as prévias, já suscitava partidários quase que tomados de fervor. Em Junho do ano passado, ainda ocasião das prévias, estava em Veneza e conversei longamente com um casal norte americano de meia idade, acompanhados da mãe do sr. O casal manifestava-se entusiasticamente a favor de Obama, e bania a hipótese de Hillary Clinton ser a escolhida pelos democratas. Só a mãe, senhora de mais idade, dizia ter receio da pouca idade do candidato. Àquela época a economia dos Estados Unidos não estava muito bem, mas não tão péssima quanto agora. Eu já torcia pelo jovem Obama, só lamentava suas declarações de que continuaria com a política de subsídios agrícolas, ou seja, o milho, do qual os norte americanos utilizam para produzir combustível alternativo continuaria sendo subsidiado, não dando espaço para a importação do nosso etanol, produzido a partir da cana.
Pois bem, o nosso jovem presidente Obama foi empossado em finais de janeiro e um mês depois os catastrofistas de plantão começaram a dizer que ele ainda não tinha dito a que viera. Cheguei a ver uma manchete de jornal denominando-o, irônicamente, de presidente Robin Hood, por algumas medidas que iria tomar.
Não li a matéria, pois, a manchete parecia puro deboche, e recusava-me a compactuar com tal posição.
Pouco depois vinha a público as medidas que Obama implantaria, e mostrando a que veio, medidas realmente ousadas para a conservadora e direitista política dos EUA.
Alguma das medidas são: imposto para a fatia mais rica da população. Aqui no Brasil, de vez em quando, vem a tona um projeto para a maior taxação de grandes heranças, mas, fica só no projeto. Nos EUA, com toda certeza não ficará no papel, e os impostos serão aumentados para os 2% da população mais rica. Além da alta para esta fatia da população, também para as empresas poluidoras. Isto no país que se recusou a assinar o protocolo de Kyoto. Os subsídios agrícolas também serão reduzidos. Será que nosso etanol poderá então expandir suas fronteiras?
O que parecia impossível, a presença do Estado na iniciativa privada, como é o caso do Citybank e desde ontem, da empresa seguradora AIG. O governo agora detém 36%do capital do Citybank e alto percentual da seguradora. Como diz o presidente, não se trata de “ajudar” os bancos e sim “pessoas”.
Agora, finda a era paranóica ou belicista do presidente Bush, é marcada para 2011 a saída do último soldado americano do Iraque.
Estavam certos os americanos e grande parte da população mundial quando efusivamente saudaram a posse do jovem Barack Obama.
Que suas medidas, e outras que virá a tomar, auxiliem o mundo a sair desta crise que se alastrou por todos os continentes, causando para muitos sérios danos e sofrimentos.
março 3, 2009 at 6:57 pm
É a mesma histeria que altera os resultados diários de bolsas de valores em favor de especuladores, voltada agora para especular sobre o novo governo e também ganhar ou, em última análise, não perder.
Quando nos EUA se fala em tributar mais os ricos, trata-se de tributar justamente essa gente que os pôs na situação em que se encontram: executivos opulentos que deixaram suas empresas e instituições financeiras praticar atos de irresponsabilidade, se auto-presenteando com bônus milionários por sua suposta capacidade (ou esperteza).
Em resumo: eles querem o dinheiro do governo para salvar suas peles, mas não querem devolvê-lo ao governo… devem ter aprendido isso com os executivos brasileiros!
março 4, 2009 at 9:40 am
Torço para o Barack Obama, mas sei que ele não reconstruirá os E.U.A. em poucos anos. Levará tempo. Faz-se necessário, no entanto, que as medidas tomadas por ele sejam sábias, uma vez que a especulação financeira nesse país é algo perigoso e está em total descontrole.
Abraços, Odette!
E tudo de bom! 🙂
março 4, 2009 at 8:25 pm
Olá Odette,
Parece mesmo que o Obama está mostrando a que veio. Veio para administrar de verdade e não ser um fantoche sabe-se lá de que gigantes corporações.
Espero que o apoio a ele continue, pois assim acho que todos sairemos lucrando.
Abraços,
Patrícia
março 5, 2009 at 8:57 am
Odette, ainda é muito cedo para sabermos para que veio Obama. Sobre os subsídios, li uma matéria no site de notícias da presidencia da republica, de que Obama quer acordo com o Brasil sobre o ethanol – http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=3088 – e as opiniões públicas estão aí, tanto para apoiar quanto para fazer oposição. Tem até uns engraçadinhos que dizem que Obama é o anti-cristo. Eu, heim? (rs*) Beijus
março 5, 2009 at 4:28 pm
Oi mãe,
realmente a senhora falou tudo. Para os padrões da política estado-unidense o orçamento proposto pelo Obama ao congresso é realmente uma quebra de paradigma e tanto !
Que essa atitude e a recente crise financeira abram os olhos daqueles que viam o mercado como panacéia universal para a importância do Estado, principalmente no que tange a distribuição de renda e rede de proteção social.
Agora, relembrando a bizantina discussão, “O que é bom para os EUA é bom para o Brasil ?” O que será que os brasileiros “gente-fina” que sempre admiraram tanto os nossos vizinho do norte achariam de uma taxação maior ao ricos aqui no Brasil ? Essa eu ia gostar de ver 😉
Beijos,
Edu
março 6, 2009 at 4:04 am
O cartão de visita de Obama foi perfeito, Odette!
Tomara que dê tempo dele desfazer todas as burrices dos republicanos.
Bjooooooo!!!!!!!!
abril 10, 2009 at 5:16 pm
Também sempre fui mais Obama, desde as prévias, se morasse lá sem dúvidas seria meu canditato preferido, daqui do Brasil nossos votos de boas vindas e que acerte sempre, ou melhor que erre menos….pois nesse espinhoso cargo, de homem mais poderoso do Planeta, é pràticamente impossível ganhar um DEZ.
Abraços….